“Metalúrgicos” não deixaram o
líder descansar ou facilitar
8ª jornada da Superliga
Futsal
16 de Dezembro de 2017, 19
horas
G. D. Adira, 1
ADC Figueiras, 2
Pavilhão do CDUP, no Porto
G. D. Adira – Sérgio; Tony [cap.], Pedro
e Adelino; Hugo.
Jogaram ainda: Ricardo e Rui
Tr: Joaquim Miranda
Disciplina: Vermelho a
Ricardo por palavras
Ao intervalo: 0-2
Marcha do marcador: 0-2; 1-2
Penúltima jornada da Liga. De
um lado o ADC Figueiras, líder incontestado, com 6 vitórias em outro tantos
jogos e o principal candidato à vitória no campeonato. Do outro a Adira, já
afastada do play-off final, com apenas duas vitórias e cinco derrotas, todas
pela margem mínima, excepto a ultima (7-2), num jogo também ele muito
equilibrado e que descambou no final, num desvario total.
Quem olhasse para a tabela
diria que seriam “favas contadas” para a equipa de Lousada e os próprios
atletas do Figueiras pensariam isso. Puro engano.
Todos os jogos com a Adira,
tem sido de dificuldade máxima para os adversários. Foi assim com o “Mini
Águias” que esteve a perder 2-0 e completamente sem soluções ao intervalo; foi
assim com o CPN que estava empatado no ultimo minuto e sempre sujeito em toda a
segunda parte, a grande pressão na sua área; foi assim com o Fanzerense que
perdia 3-1 a 12 minutos do fim…
A Adira tem estado ao nível
dos melhores e só por azar ou quebra de concentração, é que tem deixado fugir
os pontos.
Neste jogo voltou a enfrentar
grandes contrariedades, a maior das quais a falta de guarda-redes. Sérgio foi a
solução encontrada para o lugar e não deu má conta do recado.
Antes de sofrer o primeiro
golo já tinha salvado três.
No ataque, a Adira podia ter
marcado primeiro. Tony por exemplo, falhou a emenda na cara do guarda-redes.
Os dois golos do Figueiras
apareceram seguidos, nos últimos três minutos da primeira parte.
A Adira no entanto, não se
foi abaixo. Voltou a entrar muito personalizada para o segundo tempo. Já o
Figueiras encontrou-se em vantagem e pensou que poderia rodar a equipa, fazendo
entrar os menos utilizados para a segunda parte. Rapidamente o seu treinador
teve de emendar a mão e voltar a introduzir em campo, os seus melhores
jogadores.
A expulsão de Ricardo Silva
aos 26 minutos, foi um duro golpe para os homens da Adira. Momento de menor
clarividência do experiente atleta, mas a equipa organizou-se bem após a sua
saída. Nos dois minutos em que esteve com menos um elemento conseguiu trocar a
bola e mante-la afastada da sua área.
O golo da Adir chegou alguns
minutos depois e colocou a equipa contrária ainda mais em sentido. Nos oito
minutos que faltavam a Adira bem tentou chegar ao empate. Seria justo que o
conseguisse, mas não conseguiu. O momento em que esteve mais perto de marcar,
foi mesmo no último. Num canto para a Adira, Sérgio saiu da baliza e foi ao
meio campo contrário. Com ninguém a fazer-lhe frente, talvez descrentes no que
o “guardião” poderia fazer, aproveitou o espaço e mandou um míssil de bico.
Ribeiro esticou-se e defendeu com o braço, tendo a bola então ganhou uma
trajectória estranha, virando para o lado contrário e quase entrando do outro
lado da baliza.
Foi pena, mas ainda assim foi
o melhor resultado que alguma equipa teve contra o Figueiras. Nenhuma perdeu
por apenas um golo…
O “filme” dos golos ao minuto
17m 0-1 Canto do
lado esquerdo do ataque do Figueiras. Bruno
Silva recebe ali a bola na meia esquerda e perante alguma distância que o
seu marcador lhe deu, arrisca o remate. Embora Sérgio ainda lhe toque, a bola
entre junto ao poste mais próximo.
19m 0-2 Ataque da
Adira que caba rechaçado pela defensiva contrária. Albino mete a bola por alto para a corrida do colega mais adiantado.
Sérgio sai da área para fazer a “mancha”, mas Bruno Silva faz a finta com o
corpo, sem sequer tocar na bola e com isso afasta Sérgio da frente da bola, que
acaba por ir então sozinha para a baliza deserta, sem que ninguém lhe toque
mais.
32m 1-2 Na ala
direita, Tony mete a bola tensa para dentro, para o pivot. Rui recebe com um toque na linha de área, em zona frontal e dispara
logo forte para o golo. Parecia o Ibrahimovic naqueles gestos acrobáticos.
Notas
Ricardo – 4
Sergio, Pedro, Tony, Adelino, Hugo e Rui – 7
Homem do Jogo
Rui Rodrigues
Difícil escolher um quando todos estiveram muito bem. Rui
foi a escolha da organização e também a nossa, essencialmente pelo belo golo que
marcou, que não era fácil.
Outros destaques
Sérgio estreou-se na baliza porque não havia “mais
ninguém” e porque estando fisicamente debilitado, não poderia dar o seu
contributo na frente. Assim, arranjou nas luvas, a forma possível de ajudar a
equipa neste jogo. No primeiro golo podia ter feito melhor, mas no segundo é
completamente enganado por mérito do adversário. Antes dos dois golos porém, já
tinha tido três intervenções de dificuldade alta e saiu-se sempre bem. Na
segunda parte continuou na mesma toada e só não foi o homem do jogo, porque no
final, aquele remate que fez de fora da área, foi defendido pelo guardião, sem
esse saber como o fez…
Esteve mal Ricardo. A Adira entrou a perder por dois zero
para a segunda parte. A tarefa não era fácil mas ainda pior ficou quando
Ricardo foi expulso por palavras ao árbitro. Com ou sem razão, não se sabe, mas
sem necessidade.
Mal foi expulso saiu rapidamente da quadra, mas o pior
foi o tempo que perdeu antes, quando se recusou a aceder à chamada do árbitro.
Tempo precioso numa altura em que a Adira caía em cima do Adversário em busca
do golo…
Sem comentários:
Enviar um comentário