sábado, 20 de janeiro de 2018

Adira obriga Figueiras a aplicar-se


“Metalúrgicos” não deixaram o líder descansar ou facilitar


8ª jornada da Superliga Futsal
16 de Dezembro de 2017, 19 horas

G. D. Adira, 1
ADC Figueiras, 2

Pavilhão do CDUP, no Porto

G. D. Adira – Sérgio; Tony [cap.], Pedro e Adelino; Hugo.
Jogaram ainda: Ricardo e Rui
Tr: Joaquim Miranda
Disciplina: Vermelho a Ricardo por palavras

Ao intervalo: 0-2
Marcha do marcador: 0-2; 1-2


Penúltima jornada da Liga. De um lado o ADC Figueiras, líder incontestado, com 6 vitórias em outro tantos jogos e o principal candidato à vitória no campeonato. Do outro a Adira, já afastada do play-off final, com apenas duas vitórias e cinco derrotas, todas pela margem mínima, excepto a ultima (7-2), num jogo também ele muito equilibrado e que descambou no final, num desvario total.

Quem olhasse para a tabela diria que seriam “favas contadas” para a equipa de Lousada e os próprios atletas do Figueiras pensariam isso. Puro engano.
Todos os jogos com a Adira, tem sido de dificuldade máxima para os adversários. Foi assim com o “Mini Águias” que esteve a perder 2-0 e completamente sem soluções ao intervalo; foi assim com o CPN que estava empatado no ultimo minuto e sempre sujeito em toda a segunda parte, a grande pressão na sua área; foi assim com o Fanzerense que perdia 3-1 a 12 minutos do fim…

A Adira tem estado ao nível dos melhores e só por azar ou quebra de concentração, é que tem deixado fugir os pontos.

Neste jogo voltou a enfrentar grandes contrariedades, a maior das quais a falta de guarda-redes. Sérgio foi a solução encontrada para o lugar e não deu má conta do recado.
Antes de sofrer o primeiro golo já tinha salvado três.

No ataque, a Adira podia ter marcado primeiro. Tony por exemplo, falhou a emenda na cara do guarda-redes.
Os dois golos do Figueiras apareceram seguidos, nos últimos três minutos da primeira parte.

A Adira no entanto, não se foi abaixo. Voltou a entrar muito personalizada para o segundo tempo. Já o Figueiras encontrou-se em vantagem e pensou que poderia rodar a equipa, fazendo entrar os menos utilizados para a segunda parte. Rapidamente o seu treinador teve de emendar a mão e voltar a introduzir em campo, os seus melhores jogadores.

A expulsão de Ricardo Silva aos 26 minutos, foi um duro golpe para os homens da Adira. Momento de menor clarividência do experiente atleta, mas a equipa organizou-se bem após a sua saída. Nos dois minutos em que esteve com menos um elemento conseguiu trocar a bola e mante-la afastada da sua área.

O golo da Adir chegou alguns minutos depois e colocou a equipa contrária ainda mais em sentido. Nos oito minutos que faltavam a Adira bem tentou chegar ao empate. Seria justo que o conseguisse, mas não conseguiu. O momento em que esteve mais perto de marcar, foi mesmo no último. Num canto para a Adira, Sérgio saiu da baliza e foi ao meio campo contrário. Com ninguém a fazer-lhe frente, talvez descrentes no que o “guardião” poderia fazer, aproveitou o espaço e mandou um míssil de bico. Ribeiro esticou-se e defendeu com o braço, tendo a bola então ganhou uma trajectória estranha, virando para o lado contrário e quase entrando do outro lado da baliza.

Foi pena, mas ainda assim foi o melhor resultado que alguma equipa teve contra o Figueiras. Nenhuma perdeu por apenas um golo…
  


O “filme” dos golos ao minuto

17m             0-1     Canto do lado esquerdo do ataque do Figueiras. Bruno Silva recebe ali a bola na meia esquerda e perante alguma distância que o seu marcador lhe deu, arrisca o remate. Embora Sérgio ainda lhe toque, a bola entre junto ao poste mais próximo.

19m             0-2     Ataque da Adira que caba rechaçado pela defensiva contrária. Albino mete a bola por alto para a corrida do colega mais adiantado. Sérgio sai da área para fazer a “mancha”, mas Bruno Silva faz a finta com o corpo, sem sequer tocar na bola e com isso afasta Sérgio da frente da bola, que acaba por ir então sozinha para a baliza deserta, sem que ninguém lhe toque mais.


32m             1-2     Na ala direita, Tony mete a bola tensa para dentro, para o pivot. Rui recebe com um toque na linha de área, em zona frontal e dispara logo forte para o golo. Parecia o Ibrahimovic naqueles gestos acrobáticos.



Notas

Ricardo – 4
Sergio, Pedro, Tony, Adelino, Hugo e Rui – 7



Homem do Jogo

Rui Rodrigues

Difícil escolher um quando todos estiveram muito bem. Rui foi a escolha da organização e também a nossa, essencialmente pelo belo golo que marcou, que não era fácil.


Outros destaques

Sérgio estreou-se na baliza porque não havia “mais ninguém” e porque estando fisicamente debilitado, não poderia dar o seu contributo na frente. Assim, arranjou nas luvas, a forma possível de ajudar a equipa neste jogo. No primeiro golo podia ter feito melhor, mas no segundo é completamente enganado por mérito do adversário. Antes dos dois golos porém, já tinha tido três intervenções de dificuldade alta e saiu-se sempre bem. Na segunda parte continuou na mesma toada e só não foi o homem do jogo, porque no final, aquele remate que fez de fora da área, foi defendido pelo guardião, sem esse saber como o fez…

Esteve mal Ricardo. A Adira entrou a perder por dois zero para a segunda parte. A tarefa não era fácil mas ainda pior ficou quando Ricardo foi expulso por palavras ao árbitro. Com ou sem razão, não se sabe, mas sem necessidade.

Mal foi expulso saiu rapidamente da quadra, mas o pior foi o tempo que perdeu antes, quando se recusou a aceder à chamada do árbitro. Tempo precioso numa altura em que a Adira caía em cima do Adversário em busca do golo… 

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