Seis pontos em quinze
possíveis, é muito pouco para esta equipa e este futsal
6ª jornada da Superliga
Futsal
16 de Dezembro de 2017, 19
horas
CPN Futsal, 2
G. D. Adira, 1
Pavilhão do CDUP, no Porto
G. D. Adira – Alberto; Tony, Hugo e Adelino;
Cunha [cap.].
Jogaram ainda: Pedro e Filipe
Tr: Antonio Silva
Ao intervalo: 1-0
Marcha do marcador: 1-0; 1-1;
2-1
Segundo jogo da época com o
CPN. O resultado do primeiro (derrota por 2-1), tinha ficado encravado na
garganta dos homens da Adira e esta era a oportunidade ideal, para limpar esse
gosto amargo.
Infelizmente a equipa voltou
a não dispor de todas as armas. É a nossa cruz e dificilmente deixará de ser
assim. Joga-se com o que há e o que há já dá para jogar muito. Muito mesmo.
Chega a ser penoso ver uma equipa que não tem “estrelas”, mas joga tão bem e chega
ao fim dos jogos sem ser premiada.
É verdade que a Adira entrou
muito mal no jogo. Não conseguia “expressar-se” nem ter bola, mas isso foi uma
fase de dois ou três minutos. Depois a equipa libertou-se e foi sempre
superior. Infelizmente nunca conseguiu marcar. Adelino andou lá perto… Numa das
vezes chegou primeiro e isolado à bola, mas foi abalroado pelo guardião, ainda
fora da área, mas com este a levar tudo na frente e a deixar o homem da Adira
mal tratado. O amarelo ficou por mostrar… nem sequer falta foi assinalada.
Apesar de tudo, quis o
destino que o CPN marcasse ao cair do pano para o intervalo, sem que tivesse
feito algo que o justificasse.
A segunda parte não foi
diferente em termos de jogo jogado. A Adira sempre superior e a carregar mais
ainda no ataque, acabando por abrir algumas brechas atrás. Nesse período valeu
a intervenção de Alberto.
No ataque a sorte não queria
nada com a Adira. Por diversas vezes a baliza de Rui Pedro foi almejada, mas
sem sucesso. Saltou à vista uma ocasião em que este defendeu dois remates
sucessivos, de diferentes rematadores. Um de fora e outro já dentro da área de
Adelino, mas ambas as bolas foram paradas. Noutro, Tony a pivot assistiu com o
peito para Adelino, com este a controlar e a chutar em zona frontal, mas Rui
Pedro foi sempre superior.
Só não conseguiu parar um
remate de Tony, já muito perto do fim e talvez porque a jogar com cinco homens
no ataque, o Desportivo “basculava” da esquerda para a direita e vice versa,
tendo o repentismo do lance e do remate, sido crucial para se obter o golo.
Com três minutos para jogar,
a equipa podia se ter dado por satisfeita e defendido esse ponto, mas esta
equipa quer (e merece) mais. Os homens da Adira optaram por continuar com
Filipe a guarda redes avançado e num lance em que podiam ter marcado o golo da
vitória, acabaram por sofrer o da derrota.
Terrivelmente injusto. Um
lance em tudo idêntico ao que deu o golo da Adira, mas desta vez Tony optou por
tentar assistir um colega do outro lado. Como seria se se decidisse novamente
pelo remate?!?!?
Os “Deuses do Futsal” andam a
brincar com estes homens… Esta equipa e este futsal praticado, mereciam bem
mais que seis pontos nesta altura.
O “filme” dos golos ao minuto
19m 0-1 Finta
deliciosa de Adelino, no lado direito da área. Ganhou espaço e rematou. Rui
Pedro “fechou” bem o poste e encaixou o remate. Rapidamente lançou por alto no
ataque. A bola sobrevoou o meio campo. Filipe tenta o corte, mas falha a bola e
esta sobra para Rui Mota, que fica então
sozinho perante Alberto, que não tem qualquer hipótese.
37m 1-1 A trabalhar
de cinco para quatro, é Pedro à esquerda no meio campo, quem descobre Tony
sozinho na direita da área. A bola “rasga a cortina defensiva” e chega lá
direitinha. Tony recebe com o pé
direito e decide-se pelo remate de pé esquerdo, nem dando tempo ao guardião de
cobrir o ângulo.
39m 2-1 Jogada em
tudo semelhante à do golo da Adira. Tony recebe sensivelmente na mesma zona, talvez
um pouco mais chegado À linha de fundo, mas desta vez opta por tentar assistir
Hugo do lado contrário. A bola bate num defesa e desvia para a frente. Danny apodera-se dela, e ainda no seu
meio campo, com o guardião da Adira (Filipe) a tentar bloquear-lhe a frente, consegue
fazer um remate de trivela e sem preparação, fazendo a bola encaminhar-se
direitinha para a baliza deserta.
Notas
Cunha – 5
Hugo e Filipe – 6
Alberto, Tony, Adelino e Pedro – 7
Homem do Jogo
Pedro Duarte
Foi o jogador mais esclarecido da equipa. Entrou ainda
antes dos dez minutos e não mais saiu. Muita lucidez na troca de bola e dois
passes “açucarados” para Tony, que infelizmente só aproveitou um.
Outros destaques
Adelino rivalizou com Pedro na questão do melhor em
campo. Foi até mais “vistoso”, mas infelizmente menos consequente. Não por
culpa dele que até fez as coisas bem, mas porque não foi feliz e a equipa
também não.
Desta vez ninguém se pode queixar de Alberto. Não teve
qualquer hipótese no primeiro golo e no segundo não era ele que estava em
campo. Pelo meio safou lá duas bolas, ao sair arrojado aos pés dos adversários.