sábado, 23 de dezembro de 2017

Os Deuses (do Futsal) devem estar loucos!!


Seis pontos em quinze possíveis, é muito pouco para esta equipa e este futsal


6ª jornada da Superliga Futsal
16 de Dezembro de 2017, 19 horas

CPN Futsal, 2
G. D. Adira, 1

Pavilhão do CDUP, no Porto

G. D. Adira – Alberto; Tony, Hugo e Adelino; Cunha [cap.].
Jogaram ainda: Pedro e Filipe
Tr: Antonio Silva

Ao intervalo: 1-0
Marcha do marcador: 1-0; 1-1; 2-1


Segundo jogo da época com o CPN. O resultado do primeiro (derrota por 2-1), tinha ficado encravado na garganta dos homens da Adira e esta era a oportunidade ideal, para limpar esse gosto amargo.  

Infelizmente a equipa voltou a não dispor de todas as armas. É a nossa cruz e dificilmente deixará de ser assim. Joga-se com o que há e o que há já dá para jogar muito. Muito mesmo. Chega a ser penoso ver uma equipa que não tem “estrelas”, mas joga tão bem e chega ao fim dos jogos sem ser premiada.

É verdade que a Adira entrou muito mal no jogo. Não conseguia “expressar-se” nem ter bola, mas isso foi uma fase de dois ou três minutos. Depois a equipa libertou-se e foi sempre superior. Infelizmente nunca conseguiu marcar. Adelino andou lá perto… Numa das vezes chegou primeiro e isolado à bola, mas foi abalroado pelo guardião, ainda fora da área, mas com este a levar tudo na frente e a deixar o homem da Adira mal tratado. O amarelo ficou por mostrar… nem sequer falta foi assinalada.

Apesar de tudo, quis o destino que o CPN marcasse ao cair do pano para o intervalo, sem que tivesse feito algo que o justificasse.


A segunda parte não foi diferente em termos de jogo jogado. A Adira sempre superior e a carregar mais ainda no ataque, acabando por abrir algumas brechas atrás. Nesse período valeu a intervenção de Alberto.

No ataque a sorte não queria nada com a Adira. Por diversas vezes a baliza de Rui Pedro foi almejada, mas sem sucesso. Saltou à vista uma ocasião em que este defendeu dois remates sucessivos, de diferentes rematadores. Um de fora e outro já dentro da área de Adelino, mas ambas as bolas foram paradas. Noutro, Tony a pivot assistiu com o peito para Adelino, com este a controlar e a chutar em zona frontal, mas Rui Pedro foi sempre superior.

Só não conseguiu parar um remate de Tony, já muito perto do fim e talvez porque a jogar com cinco homens no ataque, o Desportivo “basculava” da esquerda para a direita e vice versa, tendo o repentismo do lance e do remate, sido crucial para se obter o golo.

Com três minutos para jogar, a equipa podia se ter dado por satisfeita e defendido esse ponto, mas esta equipa quer (e merece) mais. Os homens da Adira optaram por continuar com Filipe a guarda redes avançado e num lance em que podiam ter marcado o golo da vitória, acabaram por sofrer o da derrota.
Terrivelmente injusto. Um lance em tudo idêntico ao que deu o golo da Adira, mas desta vez Tony optou por tentar assistir um colega do outro lado. Como seria se se decidisse novamente pelo remate?!?!?

Os “Deuses do Futsal” andam a brincar com estes homens… Esta equipa e este futsal praticado, mereciam bem mais que seis pontos nesta altura.



O “filme” dos golos ao minuto

19m             0-1     Finta deliciosa de Adelino, no lado direito da área. Ganhou espaço e rematou. Rui Pedro “fechou” bem o poste e encaixou o remate. Rapidamente lançou por alto no ataque. A bola sobrevoou o meio campo. Filipe tenta o corte, mas falha a bola e esta sobra para Rui Mota, que fica então sozinho perante Alberto, que não tem qualquer hipótese.


37m             1-1     A trabalhar de cinco para quatro, é Pedro à esquerda no meio campo, quem descobre Tony sozinho na direita da área. A bola “rasga a cortina defensiva” e chega lá direitinha. Tony recebe com o pé direito e decide-se pelo remate de pé esquerdo, nem dando tempo ao guardião de cobrir o ângulo.


39m             2-1     Jogada em tudo semelhante à do golo da Adira. Tony recebe sensivelmente na mesma zona, talvez um pouco mais chegado À linha de fundo, mas desta vez opta por tentar assistir Hugo do lado contrário. A bola bate num defesa e desvia para a frente. Danny apodera-se dela, e ainda no seu meio campo, com o guardião da Adira (Filipe) a tentar bloquear-lhe a frente, consegue fazer um remate de trivela e sem preparação, fazendo a bola encaminhar-se direitinha para a baliza deserta.




Notas

Cunha – 5
Hugo e Filipe – 6
Alberto, Tony, Adelino e Pedro – 7



Homem do Jogo

Pedro Duarte

Foi o jogador mais esclarecido da equipa. Entrou ainda antes dos dez minutos e não mais saiu. Muita lucidez na troca de bola e dois passes “açucarados” para Tony, que infelizmente só aproveitou um.


Outros destaques

Adelino rivalizou com Pedro na questão do melhor em campo. Foi até mais “vistoso”, mas infelizmente menos consequente. Não por culpa dele que até fez as coisas bem, mas porque não foi feliz e a equipa também não.

Desta vez ninguém se pode queixar de Alberto. Não teve qualquer hipótese no primeiro golo e no segundo não era ele que estava em campo. Pelo meio safou lá duas bolas, ao sair arrojado aos pés dos adversários.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Assim custa muito


Mais uma “vitória moral”, mas quem levou os 3 pontos foi o Mini Águias


2ª jornada da Superliga Futsal (jogo em atraso)
11 de Dezembro de 2017, 23 horas

G. D. Mini Águias, 4
G. D. Adira, 3

Pavilhão do CDUP, no Porto

G. D. Adira – Alberto; Hugo, Tony [cap.] e Ricardo; Adelino.
Jogou ainda: Rui
Tr: Joaquim Miranda

Ao intervalo: 1-2
Marcha do marcador: 0-2; 3-2; 3-3; 4-3


Regresso ao CDUP, após quinze dias de interregno e dois jogos adiados, para um jogo em atraso da segunda jornada. E que jogo, já que pela frente estava uma equipa com apenas 3 jogos na Liga (tal como a Adira), mas com 3 vitórias, acrescido do facto de ter 8 golos marcados e nenhum (!!!!) sofrido.

Tal cartão de visita não faria diferença na forma como a equipa enfrentaria o jogo, pois o grupo já percebeu que deve encarar todos os jogos com extrema cautela e alicerçar o seu jogo numa defesa sólida e solidária.

Com alguma altivez, o Mini Águias vinha para ganhar o jogo, mas sem esperar grandes dificuldades. O jogo começou com os matosinhenses a tentarem jogar no meio campo da Adira, no entanto não estariam preparados para a equipa que tinham pela frente. Pensaria que provavelmente seria uma questão de tempo, pelo que o ritmo de jogo nos primeiros minutos foi baixo.

Sem sofrer qualquer golo nos quatro jogos disputados (três na Liga, mais um na Taça), terá sido com grande surpresa que o Mini Águias se viu a perder, aos sete minutos. Foi também um grande frango do seu guardião, que deixou a bola passar por si, sem conseguir pontapeá-la para longe, como tencionava.

Dois minutos volvidos e de novo o contra-ataque da Adira a funcionar, ampliando a vantagem para dois golos. Este golo de Ricardo terá sido um verdadeiro abanão para o adversário. Se no primeiro houvera muita sorte à mistura, neste segundo golo as coisas não aconteceram por acaso. O Mini Águias que vinha de 160 minutos sem sofrer qualquer golo, sofria aqui logo dois e ainda estávamos apenas com 10 minutos de jogo…

No entanto, o plano de jogo nunca foi marcar muitos golos. A Adira é actualmente uma equipa que procura jogar de forma inteligente. Conhece as suas limitações e tenta não se entusiasmar. A ideia era manter o modus operandi, sem arriscar no ataque e continuando sólidos e impenetráveis na retaguarda.

Estava a correr maravilhosamente bem, até que no último minuto, sem que nada fizesse crer, ou o adversário fizesse muito por merecer, o Mini Águias reduziu.
Um lance algo fortuito, não que não houvesse mérito do adversário, mas onde transpareceu mais um certo relaxamento… talvez por o intervalo estar tão perto.

Digamos que este foi um dos momentos chave do jogo. A Adira passou de uma vantagem que parecia confortável, para uma apenas tangencial. E isto a escassos segundos do descanso. Quão diferente poderia ter sido se este golo não tivesse existido?!?!?


O segundo momento chave foi a entrada na segunda parte. “Ruiu tudo” em poucos minutos.
Não sei se houve desconcentração ou se puro azar, mas uma defesa tão sólida durante 19 minutos, em meros 5 minutos já parecia um “passador”. A equipa de Guifões empatou num remate muito bem colocado e passado dois minutos passou mesmo para a frente do marcador, num golo caricato… de calcanhar.

Cabia agora a Adira subir as linhas. Conseguiu faze-lo apesar de ter apenas um suplente, com enorme sacrifício físico. A Adira aproximou-se mais da área contrária. Fez o que podia para chegar ao golo, mas demorou quase 10 minutos para o conseguir. Teve muito mérito no empate. O golo de Adelino fez a equipa vibrar, mas praticamente na jogada seguinte, o Mini Águias voltou a adiantar-se, aqui com Alberto a deixar a sensação que devia ter feito melhor.

A Adira porfiou em busca de novo empate… e andou tão perto. Rui teve as melhores oportunidades nos pés, mas de ambas as vezes rematou tão mal.

Voltou o Desportivo a fazer um grande jogo, mas para casa não levou nem um ponto. Assim custa muito…




O “filme” dos golos ao minuto

7m               0-1     Pressão alta do Mini Águias, enquanto os homens da Adira trocam a bola no seu meio campo. De repente Adelino corre para a área e Tony faz um passe que sobrevoa o ultimo defesa. O guardião sai da área e chega primeiro à bola, mas falha incrivelmente o corte e a bola sobra para Adelino, que fica sozinho para fazer o golo.

9m               0-2     Remata embate na barreira defensiva da Adira. Adelino recupera a bola, desequilibra o adversário com uma finta de corpo e opta pelo passe para a frente, para a corrida de Tony pela ala direita. Tony controla a bola e assiste Ricardo no meio. Este prepara a bola e remata rasteiro, com a bola a passar por baixo do corpo do guardião.

19m             1-2     Ainda de fora da área e com Hugo pela frente, Micael foge para a direita e arranca um bom remate cruzado, com a bola a entrar a meia altura, junto ao poste mais distante.


22m             2-2     Canto do lado esquerdo do ataque dos Águias. A primeira bola é “contrariada”, mas depois Carlos Leite entrega a bola para trás, para fora da área. Tony sai da área para fechar o espaço, mas Serrão remata em jeito e coloca a bola junto ao poste mais distante.

24m             3-2     Bola metida no pivot, que consegue rodar na área e rematar. Alberto defende à queima roupa, mas a bola sobe no ar. Alberto no chão dá-lhe uma sapatada e afasta-a. Serrão recupera a bola, de costas para a baliza e remata de calcanhar. Tony “fecha” o poste e Alberto ao seu lado, já de pé, mas nenhum dos dois consegue evitar o golo.

33m             3-3     Passe para Hugo que avança pela esquerda. Perante um adversário, levanta a bola em jeito para a área. Tony deixa bater no solo e remata de pronto. A bola vai ao poste mais próximo e regressa para os pés de Tony. Já pressionado por um defesa e sem poder almejar a baliza, Tony puxa para trás e toca de calcanhar para Adelino que na passada arranca um remate cruzado, sem defesa.

34m             4-3     Bola bombeada por Serrão, para Carlos Leite na frente. O pivot recebe de costas para a área, mas vira-se com à vontade e perante o espaço concedido por Hugo, tenta o remate de fora da área. A bola sai colocada, mas não muito forte, entrando pelo poste que Alberto deveria guardar…




Notas

Alberto e Rui – 5
Hugo – 6
Ricardo – 7
Tony e Adelino – 8



Homem do Jogo

Tony Silva

Dizer que foi o cérebro da equipa talvez seja exagerado, mas foi sem duvida o seu “coração”, o mais inconformado. Correu muito e apareceu duas ou três vezes com muito perigo na área. Desta vez não marcou, mas foi o homem do ultimo passe nos três golos.


Outros destaques

Hugo está muito pesado. Não falha um passe nem permite que lhe roubem uma bola, mas o peso extra faz diferença, neste caso a defender, não permitindo dar aquele bocadinho mais de esforço. Foi assim no primeiro e no último golo, quando ofereceu muito espaço para os remates.

Que se passa com Rui? Parece que falta confiança ou que fica nervoso nos momentos decisivos. Por duas vezes teve no pé o golo do empate, mas na primeira atirou de forma displicente, já depois de rodar espetacularmente sobre o adversário, e na segunda oportunidade, à boca da baliza, quando era só encostar, “pegou” mal na bola.


Voltou o Adelino goleador. Noutros jogos tem tido bastantes mais oportunidades, mas pouca eficácia. Neste jogo, em duas singelas oportunidades, capitalizou em dois golos, além do muito que jogou.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Estreia de sonho


Vitoria no último minuto com hat trick do estreante Ricardo Couto


4ª jornada da Superliga Futsal
27 de Novembro de 2017, 23 horas

G. D. Adira, 3
Boca Seniores, 2

Pavilhão do CDUP, no Porto

G. D. Adira – Alberto; Sérgio, Tony e Adelino; Rui.
Jogaram ainda: Ricardo S., R. Couto e Cunha [cap.].
Tr: Joaquim Miranda

Ao intervalo: 2-2
Marcha do marcador: 0-1; 2-1; 2-2; 3-2



Terceiro jogo da época e o primeiro com três suplentes ao dispor do mister.
Regresso de Sérgio (directamente para o 5 inicial) e Ricardo Silva (há muito afastado por lesão), mais a estreia absoluta de Ricardo Couto… e que estreia, mas já lá vamos.

Hugo era um dos poucos totalistas desta equipa, desde que em em Abril o Grupo Desportivo se lançou nestas lides. Agora apenas Alberto e Adelino se podem gabar de ter estado em todos os 14 jogos disputados.

A Adira entrou menos cautelosa do que tem sido hábito. O facto de haver mais e melhores opções, dava outro ânimo e vontade à equipa, mas acabou por ser o adversário a “entrar” melhor, com golo aos cinco minutos.

Nada de extraordinário já que a Adira jogava bem e não demorou muito a empatar, já depois de efectuadas as primeiras substituições. Foi de resto um dos suplentes, Ricardo Couto, reforço de luxo vindo da Sonae, a fazer os golos da Adira. Rápido e com remate forte, fez o primeiro “apenas” a encostar, o segundo num belo remate em arco e o terceiro… o mais bonito, esse ficaria guardado para o final. Antes disso a Adira teve de penar.

Mal deu tempo para a Adira festejr a liderança no marcador. Logo no minuto seguinte, o “Boca Seniores” empatou a duas bolas, num lance que parecia não ter qualquer perigo. Depois disso a Adira foi sempre mais forte e mais perigosa, ma a bola não entrava. O empate persistiu durante quase meia hora.

Muito perto do final, Sérgio atirou a bola à barra e parecia que já não haveria alteração no marcador, mas Ricardo Couto voltou a sacar um coelho da cartola, colocando justiça no marcador.


Em três jogos a Adira tem duas vitórias e uma derrota, uma contabilidade em tudo igual à época passada, mas não podemos esquecer que já jogou contra as três equipas que vão no fundo da tabela e até perdeu com uma delas, pelo que o mais difícil ainda vem pela frente.

No próximo sábado defronta o “ADC Figueiras”, primeiro classificado só com vitórias, mas o encontro é para a Taça. Em caso de nova derrota ficará totalmente afastada da meia-final.





O “filme” dos golos ao minuto

5m               0-1     Canto para a Adira. Sérgio recebe em zona frontal e dispara de fora da área. A bola desvia num defesa e vai parar às mãos do guardião que rapidamente lança o contra-ataque. Em superioridade numérica, Diogo assiste Queirós que se limita a encostar ao segundo poste.

9m               1-1     Adelino ganha no um para um a meio campo e mete a bola na extrema direita. Sérgio de primeira, assiste tenso ao segundo poste, onde aparece Couto a encostar.

10m             1-2     Roubo de bola de Ricardo na ala esquerda. A bola sobra para Sérgio que corre dois metros e mete a bola na frente para a ala contrária. De primeira, Couto arranca um remate em jeito, com a bola a fazer um arco e a fugir do guardião que cai para o lado contrário. Golaço!

11m             2-2     Três homens na frente, mas muito espaço concedido e Diogo decide-se pelo remate à entrada da área. A bola vai entrar junto ao ângulo superior esquerdo.

39m             2-3     No meio, Ricardo levanta a bola para a frente. Couto recebe sozinho, a pivot, de costas para a baliza. Quando se esperava que deixasse a bola para o remate de um companheiro, Couto vira-se e remata à meia volta, com a bola a entrar de baixo para cima.




Notas

Alberto, Rui e Cunha – 6
Tony, Adelino e Ricardo – 7
Sérgio – 8
Couto – 9


Homem do Jogo


Ricardo Couto – 9

Não podia desejar melhor estreia. Terá de corrigir alguns posicionamentos a defender, mas já deu para perceber que será um elemento muito útil, essencialmente pela velocidade, mas também (como se viu neste jogo) pela facilidade de remate.


Outros destaques

Sérgio foi o principal dinamizador do ataque da equipa. Fez duas assistências e merecia ele próprio o golo… mas atirou à trave.


Ricardo Silva voltou às quadras e esteve bem. Nem pareceu que já não jogava desde a segunda jornada da época passada. A ver vamos se não tem uma recaída, pois já se sabe da sua utilidade.

domingo, 26 de novembro de 2017

Deixamos fugir um ponto



Com 6 atletas o físico aguentou bem, mas os erros defensivos mataram


1ª jornada do Grupo A da Taça
18 de Novembro de 2017, 18 horas

CPN Futsal, 2
G. D. Adira, 1

Pavilhão do CDUP, no Porto

G. D. Adira – Alberto; Hugo, Tony e Adelino; Rui.
Jogou ainda: Cunha [cap.].
Tr: Joaquim Miranda
Disciplina: Hugo (amarelo por falta dura)

Ao intervalo: 1-0
Marcha do marcador: 1-0; 1-1; 2-1




Mais uma tarde inglória para o “Deportivo” da Adira. Outra vez com recursos escassos, os seis homens da Adira deram o litro e mereciam melhor sorte, mas quando se cometem erros gritantes, não adianta queixar-se da sorte.

Surpreendeu o CPN, com a utilização do guarda redes avançado muito cedo. Sentia-se a urgência nos homens de branco, que queriam resolver cedo. No entanto não tiveram grande sucesso.

Os comandados de Joaquim Miranda conseguiram fechar bem os caminhos. Fizeram um jogo calculista, como se esperava. Com apenas um elemento no banco, impunha-se “meter gelo” amiúde, controlar a posse de bola e o ritmo do jogo. O “Whisky” ficaria guardado para a segunda parte.

É verdade que na primeira parte a Adira teve muitas dificuldades em chegar à baliza contrária, mas por outro lado também não permitia grandes oportunidades na sua área. Era isso que se queria, em vez de se ter um jogo partido, com ataques e contra-ataques constantes, que depressa esgotaria as forças dos homens da Adira.

O jogo estava assim equilibrado, quando o CPN chegou ao golo. A rapidez de Tó foi fulcral perante o veterano Cunha.

No segundo tempo e estando a perder, já se viu bastante mais Adira.

A passe de Rui, Tony na frente da área, penteou para a esquerda e atirou cruzado, mas o guardião defendeu com o peito. Foi o lance mais perigoso da Adira até esse momento…

Foram precisos 14 minutos na segunda parte para a Adira finalmente marcar. Tony novamente em destaque e na única vez que venceu o duelo com o guardião contrário.

Infelizmente não demorou muito para o empate se desfazer novamente. Erro na reposição da bola, a precipitar um golo desnecessário e até injusto para a Adira.

Faltavam apenas quatro minutos e a tarefa era já muito difícil, dado o cansaço acumulado. Nesse período a Adira jogou mais com o coração que a cabeça e ainda conseguiu ter nova oportunidade de golo. De novo, Tony desta vez a dois tempos a tentar o golo, mas o guardião “deu o corpo às balas” e parou as duas bolas.

Foi uma entrada com o pé esquerdo, numa competição em que só passa o primeiro do grupo, mais o melhor classificado dos três grupos e em que o GDA está inserido no grupo mais forte. Não está perdido, mas não vai ser fácil.




O “filme” dos golos ao minuto

18m             1-0     Bola metida na frente da área. Com a frente bloqueada, Marco toca para a esquerda. aparece a antecipar-se a Cunha e faz um remate estranho que Alberto ainda desvia para cima, mas a bola acaba por “pingar” para dentro da baliza.


34m             1-1     Contra ataque rápido, com Hugo a lançar para a frente. Adelino toca a bola por alto, para Tony que aparece sozinho no meio. Tony recebe e à saída do guardião chuta de bico, com a bola a bater no poste antes de entrar.

36m             2-1     Lançamento lateral para a Adira. Cunha tenta meter a bola por alto no lado contrário, mas esta é interceptada por um adversário, de cabeça. A bola sobra então para David, que descaído para a esquerda, chuta de fora da área e faz o golo da vitória.



Notas

Cunha – 5
Alberto, Hugo e Rui – 6
Tony e Adelino - 7



Homem do Jogo

Tony Silva – 7

Terceiro jogo seguido a marcar. Quarto, se contarmos com o ultimo jogo da época passada, com o Manga. Correu muito neste jogo e merecia pelo menos um ponto. Ainda teve mais duas oportunidades flagrantes de marcar, mas aí o Guardião contrário (esse sim o Melhor em Campo) levou a melhor.


Outros destaques

Cunha voltou às quadras e até nem estava mal, se não fosse pelos dois golos em que aparece “comprometido”.


Adelino fez os quarenta minutos, mas não acusou cansaço. Não desequilibrou tanto como habitualmente, também porque a Adira fez um jogo mais de contenção, mas aquela assistência para Tony, é mais de meio golo.

sábado, 18 de novembro de 2017

Entrada a matar



Seis minutos de luxo garantiram a vitória para a Adira


3ª jornada da Superliga Futsal
11 de Novembro de 2017, 19 horas

GM 2.0, 1
G. D. Adira, 5

Pavilhão do CDUP, no Porto

G. D. Adira – Alberto; Tony [cap.], Hugo e Adelino; Rui.
Jogou ainda: Pedro.
Tr: José Cunha

Ao intervalo: 1-4
Marcha do marcador: 0-4; 1-4; 1-5



Depois de uma semana de interregno, devido ao adiamento da segunda jornada, o “Deportivo” voltou ao CDUP para o jogo perfeito, na ressaca da desilusão que foi a jornada inaugural. Perante a ausência de Miranda, foi de novo Cunha (lesionado) a assumir a orientação da equipa.

Pela frente apareceu um adversário muito acessível, ao nível do que defrontamos na primeira jornada, mas desta vez as coisas correram bem, fruto também de uma entrada muito forte em jogo. A Adira voltou no entanto a apresentar-se desfalcada, desta vez com apenas um suplente disponível, algo que ajudou a impedir um resultado ainda mais volumoso.

A entrada em jogo foi de facto fortíssima, de sonho mesmo e de deixar qualquer treinador aos pulos de satisfação. Aos três minutos já a Adira vencia por três golos sem resposta. Tudo saía bem e aos seis minutos apareceu o quarto golo, já depois da primeira substituição na Adira.

Adivinhava-se uma goleada das antigas. Algo que não se verificaria… Primeiro porque a jovem equipa contrária começou a acertar melhor as marcações e a dar menos espaço nas costas; segundo porque apesar da entrada devastadora, o jogo até nem foi de grande acerto na finalização; por último faltou talvez maior discernimento em alguns momentos da partida e também mais fôlego aos homens da Adira, na segunda parte do encontro, para manter aquela tendência ofensiva.

A meio da primeira parte, perante a natural reação dos contrários, a Adira viveu um pouco dos golos e vantagem que já tinha. A vencer por quatro era normal haver algum abrandamento. Esteve bem Alberto perante algumas oportunidades que se foram concedendo e na outra baliza começava a brilhar o guardião Negrão, que esteve em grande nível, apesar dos golos sofridos.

Já na segunda parte, após um temperador descanso, a Adira reentrou a mandar no jogo, mas a pontaria não estava afinada e demorou muito, muito tempo até voltar a marcar. Houve períodos em que perdeu o controlo do jogo, também fruto do menor fulgor físico, mas a vitoria nunca esteve em causa.
No entanto sentia-se que se podia levar dali muitos mais golos e todos os atletas se preocupavam mais em atacar do que defender.

Ainda assim não se sofreu mais nenhum golo e no fim ainda houve uma singela recompensa, com mais um golo (de Adelino) a compor o ramalhete.

O “GDA” volta à luta com esta vitória, por 5-1 contra uma equipa que já tinha duas derrotas, mas nem de perto nem de longe por estes números.
A Liga parece mais nivelada por baixo, em relação à época anterior, mas mesmo assim com equipas como os desconhecidos “ADC Figueiras” que tem por vitórias todos os jogos disputados.

Segue-se um fim-de-semana de Taça, desta vez (espera-se) com mais opções no banco.




O “filme” dos golos ao minuto

1m               0-1     Adelino rompe pela esquerda e assiste Rui na área, que só teve de encostar.

2m               0-2     Pressão alta sobre a saída de bola da Adira. Hugo aguenta a pressão e perante a corrida de Tony pela ala, mete-lhe a bola em volley, por entre dois adversários. Tony controla em progressão e já perto da área, perante um adversário que lhe sai ao caminho, arranca um remate colocadíssimo, com a bola a bater no poste mais distante antes de entrar.

3m               0-3     Rui entrega em Adelino e este finta um adversário, ficando com a ala esquerda livre para avançar. Ao chegar à área, desfeiteia o guardião.

6m               0-4     Excelente triangulação entre Pedro e Rui que devolve para Pedro, entretanto sozinho em zona frontal, que só tem de escolher o melhor lado para bater Negrão.

15m             1-4     Canto para a equipa GM. Gonçalo recebe a bola na esquerda, mas embrulha-se com Rui e Pedro ao tentar romper para a área. Alberto sai da baliza e fica com a “sobra”, mas ao tentar aliviar com um pontapé, acerta mal no esférico e este vai parar aos pés de Gonçalo que já parecia fora da jogada, aproveitando este para fazer o golo na baliza deserta.


39m             1-5     Canto para a Adira na esquerda. Adelino recebe e mete para Tony a pivot. Este segura a bola e toca-a de novo para Adelino que corta para a área, conseguindo marcar em zona frontal.





Notas

Todos nota 7


Homem do Jogo

Adelino Silva – 7

Num jogo em que a Adira podia ter marcado mais de duas mãos cheias de golos, foi o único que conseguiu bisar e ainda lhe juntou uma assistência de ouro, para o golo inaugural.


Outros destaques

Hugo foi o único jogador de campo que não marcou… mas merecia. Na segunda parte, aproximou-se da baliza contrária e bem tentou, mas à semelhança dos colegas, a “sorte” não quis nada com ele.


Regresso saudado de Pedro às quadras. A equipa “respira” melhor com bola quando este está presente. Regressou também aos golos, ele que já não marcava desde a primeira jornada da época passada.