Não que uma empresa de
seguros meta medo a jogar a bola, mas a Adira foi a jogo sem os seus dois criativos.
O risco de correr mal era enorme, mas foi a oportunidade perfeita para dar confiança
a todos, fazer sobressair o conjunto e mostrar que há outras soluções. A equipa
esteve à altura do desafio, apesar do destaque cair numa individualidade.
4ª jornada da Liga Primavera
2019
22 de Abril de 2019, 22,10
horas
MSG Life, 2
G. D. Adira, 3
Pavilhão da Esc. EB 2/3 do Viso
G. D. Adira – Carlos; Tony [cap] (3), Pedro
e Bruno; Diogo.
Jogaram ainda: Rui e Camarinha.
Tr: Joaquim Miranda
Ao intervalo: 1-1
Marcha do marcador: 1-0; 1-1;
2-1; 2-3
Depois de uma derrota (ainda
para mais “injusta”), a equipa tinha de vencer. Mas fácil é dize-lo, difícil é
executa-lo. Ainda para mais com algumas ausências importantes e ainda mais quando
a Adira se viu muito cedo em desvantagem.
Miranda “promoveu” a
titularidade de Diogo, colocando-o na frente e fazendo descer Bruno na quadra. Do
outro lado, com a sua rapidez, Perat mostrava ser o mais perigoso, mas o seu
golo a inaugurar o marcador foi algo fortuito. Não fosse pelo desvio no braço
de Tony e Carlos já estaria em cima da jogada.
Não demorou o empate, numa
das melhores jogadas do encontro. Combinação simples, mas muito eficaz entre
Tony e Pedro.
Até ao intervalo não voltou a
haver golos, mas não deixou de haver muito futsal… e espetáculo. Destaque para
a jogada em que Pedro levanta a bola por cima dos adversários e Camarinha de
primeira, manda um “estouro” ao vértice entre poste e barra. Seria um dos melhores
golos da competição, a fazer lembrar os grandes remates de Jean Pierre Papin.
Depois disso também Bruno
atirou ao poste…
No segundo tempo, os homens
dos seguros voltaram a marcar cedo, mas de novo não demorou até novo empate,
num remate surpreendente de Tony.
Faltavam 15 minutos de muita
luta. A Adira estava melhor mas a vitória podia cair para qualquer lado.
Camarinha ultrapassou o
guardião na área e foi carregado por este quando se posicionava para empurrar
lá para dentro. Incrível o penalty que ficou por marcar para a Adira.
Justiça havia de ser feita a
quatro minutos do fim. A Adira sentia que merecia ganhar e a equipa carregava
em busca do golo. Haveria de acontecer num contra-ataque, meio aos repelões. Surgindo
na área à espera do passe de morte, Tony teve de se virar para trás, para ir
buscar a bola que saiu transviada e fazer o golo na rotação.
Vitória muito suada mas justíssima
da melhor equipa. Com 6 pontos o GDA ascende à terceira posição, mas há muitas
equipas com jogos em atraso.
O “filme” dos golos ao minuto
4m 0-1 Recepção
de Perat na meia direita e remate
rápido de fora da área. À queima roupa, a bola bate no braço de Tony e desvia
caprichosamente de direção. Apesar de lançado para o outro lado, Carlos ainda
se estira para a direita, mas não consegue dar a palmada salvadora.
7m 1-1 Tony vem
da esquerda para o meio. Entrega para Pedro na ala direita e corta para a área.
Pedro recebe e coloca de novo em Tony
já dentro da área, com este a virar-se e a escolher o melhor lado para colocar
a bola.
23m 2-1 Perat recebe fora da área em zona
central. Com um toque rápido e três passadas, puxa para a esquerda e remate
forte. Apesar de ter Pedro na sua frente, consegue colocar a bola por entre as
pernas deste e a ir entrar rasteira junto ao poste mais distante.
25m 2-2 Com todos
no meio campo da MSG (à excepção natural de Carlos), Tony leva a bola pelo meio, descaído para a esquerda. Na zona entre
o meio campo e a entrada da área, com a zona de tiro livre, espeta de bico que
só vai parar, tipo míssil, no fundo das redes.
36m 2-3 Condução
de um contra-ataque por Pedro pelo meio. Passe para a esquerda para Rui, que
controla com esforço e mete no meio da área, mas o passe sai “atrasado”,
obrigando Tony a virar-se para trás
e de costas para a baliza rematar à meia volta.
Homem do Jogo
Tony Silva – 9
Três golos num jogo é sempre motivo de destaque, mas
quando são os três únicos golos da equipa e numa vitória por 3-2, é mesmo um
feito assinalável. Mas Tony não viveu só de golos. Quando em posse de bola
“empurrou” a equipa para a frente e na defesa teve a preponderância habitual,
tal como num corte in extremis, na
linha de área já nos minutos finais.
Também em destaque
Pedro Duarte – 8
40 minutos em campo, a distribuir jogo e classe.
Excelente o passe para o primeiro golo e merecia ter uma segunda assistência se
aquele golaço de Camarinha entrasse…
Outras notas
Todos nota 7