Para muitos já estaria
decidido, mas a vitória da Adira sobre o (ainda) líder A400, relança a
competição e trará emotividade à segunda fase. Nada está decidido e a Adira
volta a depender de si própria.
10ª jornada da Liga Primavera
2019
5 de Junho de 2019, 23 horas
A400, 1
G. D. Adira, 2
Pavilhão da Escola EB 2/3 do
Viso
G. D. Adira – Zé Fernando; Camarinha
(1), Tony [cap] e Adelino (1); Rui.
Jogou ainda: Sérgio.
Tr: Joaquim Miranda
Ao intervalo: 0-1
Marcha do marcador: 0-1; 1-1;
1-2
Que jogaço este que pôs
frente a frente o líder A400 e o perseguidor Adira. Seguramente dos melhores na
competição. Uma vitória do líder deixaria o campeonato praticamente decidido.
Uma vitória da Adira voltaria a dar emoção à Liga e deixaria tudo em suspenso
para a segunda fase. Claro que a equipa de Baião queria manter o registo 100%
vitorioso e resolver já as contas. Faltava-lhe o poderoso pivot, André Barbosa,
castigado com um jogo de suspensão, mas possuidora de um plantel vasto e
equilibrado, apresentou-se com 9 elementos. Já a Adira, com um plantel
consideravelmente mais curto, e também órfã de um jogador importante por
castigo, o seu habitual “fixo” Pedro Duarte, só conseguiu apresentar seis
elementos.
Esse numero desceria
perigosamente durante o decorrer da primeira parte.
Com apenas um suplente a
Adira não poderia entrar num jogo partido, de correrias. Seria “suicídio”.
Embora na teoria fossem os
homens de Canelas a ter de correr “atrás” da vitória, dada a desvantagem
pontual elevada, a Adira jogava com o orgulho da A400. Uma equipa que só tem
vitórias, dificilmente jogaria apenas para defender o empate. Haveria de querer
vencer e fazer o pleno de vitórias. Se assim não fosse, se fossem mais
calculistas, os de Baião poderiam ter complicado ainda mais a tarefa da Adira.
As expectativas não foram
defraudadas…
Ambas quiseram ganhar o jogo,
mas os recursos eram diferentes. De forma mais deliberada a A400, talvez
alicerçada na vantagem física de ter banco de sobra para 40 minutos. De modo
mais paciente a Adira, sabedora que um homem só para trocar, poderia ser
penalizador a longo prazo, caso o jogo fosse de intensidade muito elevada
durante os quarenta minutos.
A calma e sobriedade deu
frutos a meio do primeiro tempo. Sérgio desequilibrou na direita e ofereceu o
golo a Camarinha. Foi ouro sobre azul.
A estratégia estava a ser
executada à risca, mas a lesão muscular de Sérgio, pouco depois, é que não
estava nos planos.
Duro golpe para a Adira e em
particular para os homens da frente, Camarinha e Rui, que ficavam assim
sujeitos a maior desgaste.
Com cinco homens e meio (… ou
um quarto??) a Adira teve de ser ainda mais calculista. Zé Fernando usou e
abusou da bola na frente. Foi porventura o maior pecado da equipa, o de ter
pouca bola no pé. Ainda assim a vantagem durou muito tempo e cruzou o
intervalo. Provavelmente teria resistido até ao fim, não fosse por um golo
fortuito que voltou a empatar a partida.
Se atrás dissemos que a Adira
teve pouca bola, a verdade é que quando se viu na necessidade de marcar,
começou a aparecer bastante mais no meio campo ofensivo e não demorou muito a
colocar-se de novo em vantagem. Desta vez foi Adelino o herói, mas podia ter
sido Camarinha minutos antes, quando este atirou cruzado, mas o guardião Inácio
foi buscar a bola ao canto.
Após o golo, ainda havia oito
minutos para jogar. Sérgio ia entrando em campo um minuto aqui e ali para
descansar Rui e Camarinha, mas estava claramente limitado. O esforço foi enorme
até ao fim, com todos os atletas a dar o máximo, principalmente quando o líder
começou a jogar de cinco para quatro.
No fim lá chegou a
recompensa. O campeonato está relançado e tudo pode acontecer na segunda fase.
O “filme” dos golos ao minuto
12m 0-1 Sérgio
foge pela direita e mete na área. Do lado contrário aparece Camarinha a encostar.
28m 1-1 Livre em
zona frontal. Tony desvia na barreira, mas a bola vai parar aos pés de Pedro Sá, que acaba por marcar à
segunda.
32m 1-2 Pressão da
Adira na área contrária. A bola é prensada num defesa e fica a pingar no lado
esquerdo da área. Adelino vai com
tudo e antecipando-se a todos, remata para golo.
Homem do Jogo
Adelino Silva – 7
No final recebeu os elogios do adversário, mas estes até
estão longe de saber do que Adelino é capaz. Não era jogo para magias. Foram 40
minutos de rigor, concentração, sacrifício e raça acima de tudo. Mas ainda
sobrou energia para resolver o jogo.
Outros destaques
Todos nota 7. Para vencer um jogo destes era preciso uma
equipa muito compacta e homogénea. Zé Fernando esteve ao nível que se lhe
conhece. Os colegas de campo também estiveram todos bem. Tony assegurou o rigor
defensivo. Camarinha foi sempre uma seta apontada à baliza. Marcou um, mas
merecia outro. Rui foi importante a receber a bola na frente e a “esticar” o
jogo. Por ultimo e embora tenha jogado poucos minutos, Serginho conseguiu
desequilibrar no primeiro golo e na segunda parte, já completamente debilitado
fisicamente, ainda foi útil para fazer descansar um minuto ou dois os homens da
frente.
Duuuuuros, como se impunha!
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