quinta-feira, 13 de junho de 2019

Ainda não acabou



Para muitos já estaria decidido, mas a vitória da Adira sobre o (ainda) líder A400, relança a competição e trará emotividade à segunda fase. Nada está decidido e a Adira volta a depender de si própria.


10ª jornada da Liga Primavera 2019
5 de Junho de 2019, 23 horas

A400, 1
G. D. Adira, 2

Pavilhão da Escola EB 2/3 do Viso

G. D. Adira – Zé Fernando; Camarinha (1), Tony [cap] e Adelino (1); Rui.
Jogou ainda: Sérgio.
Tr: Joaquim Miranda


Ao intervalo: 0-1
Marcha do marcador: 0-1; 1-1; 1-2





Que jogaço este que pôs frente a frente o líder A400 e o perseguidor Adira. Seguramente dos melhores na competição. Uma vitória do líder deixaria o campeonato praticamente decidido. Uma vitória da Adira voltaria a dar emoção à Liga e deixaria tudo em suspenso para a segunda fase. Claro que a equipa de Baião queria manter o registo 100% vitorioso e resolver já as contas. Faltava-lhe o poderoso pivot, André Barbosa, castigado com um jogo de suspensão, mas possuidora de um plantel vasto e equilibrado, apresentou-se com 9 elementos. Já a Adira, com um plantel consideravelmente mais curto, e também órfã de um jogador importante por castigo, o seu habitual “fixo” Pedro Duarte, só conseguiu apresentar seis elementos.
Esse numero desceria perigosamente durante o decorrer da primeira parte.

Com apenas um suplente a Adira não poderia entrar num jogo partido, de correrias. Seria “suicídio”.
Embora na teoria fossem os homens de Canelas a ter de correr “atrás” da vitória, dada a desvantagem pontual elevada, a Adira jogava com o orgulho da A400. Uma equipa que só tem vitórias, dificilmente jogaria apenas para defender o empate. Haveria de querer vencer e fazer o pleno de vitórias. Se assim não fosse, se fossem mais calculistas, os de Baião poderiam ter complicado ainda mais a tarefa da Adira.
As expectativas não foram defraudadas…
Ambas quiseram ganhar o jogo, mas os recursos eram diferentes. De forma mais deliberada a A400, talvez alicerçada na vantagem física de ter banco de sobra para 40 minutos. De modo mais paciente a Adira, sabedora que um homem só para trocar, poderia ser penalizador a longo prazo, caso o jogo fosse de intensidade muito elevada durante os quarenta minutos.

A calma e sobriedade deu frutos a meio do primeiro tempo. Sérgio desequilibrou na direita e ofereceu o golo a Camarinha. Foi ouro sobre azul.
A estratégia estava a ser executada à risca, mas a lesão muscular de Sérgio, pouco depois, é que não estava nos planos.
Duro golpe para a Adira e em particular para os homens da frente, Camarinha e Rui, que ficavam assim sujeitos a maior desgaste.

Com cinco homens e meio (… ou um quarto??) a Adira teve de ser ainda mais calculista. Zé Fernando usou e abusou da bola na frente. Foi porventura o maior pecado da equipa, o de ter pouca bola no pé. Ainda assim a vantagem durou muito tempo e cruzou o intervalo. Provavelmente teria resistido até ao fim, não fosse por um golo fortuito que voltou a empatar a partida.

Se atrás dissemos que a Adira teve pouca bola, a verdade é que quando se viu na necessidade de marcar, começou a aparecer bastante mais no meio campo ofensivo e não demorou muito a colocar-se de novo em vantagem. Desta vez foi Adelino o herói, mas podia ter sido Camarinha minutos antes, quando este atirou cruzado, mas o guardião Inácio foi buscar a bola ao canto.

Após o golo, ainda havia oito minutos para jogar. Sérgio ia entrando em campo um minuto aqui e ali para descansar Rui e Camarinha, mas estava claramente limitado. O esforço foi enorme até ao fim, com todos os atletas a dar o máximo, principalmente quando o líder começou a jogar de cinco para quatro.
No fim lá chegou a recompensa. O campeonato está relançado e tudo pode acontecer na segunda fase.




O “filme” dos golos ao minuto

12m              0-1     Sérgio foge pela direita e mete na área. Do lado contrário aparece Camarinha a encostar.


28m              1-1   Livre em zona frontal. Tony desvia na barreira, mas a bola vai parar aos pés de Pedro Sá, que acaba por marcar à segunda.

32m              1-2     Pressão da Adira na área contrária. A bola é prensada num defesa e fica a pingar no lado esquerdo da área. Adelino vai com tudo e antecipando-se a todos, remata para golo.



Homem do Jogo

Adelino Silva – 7

No final recebeu os elogios do adversário, mas estes até estão longe de saber do que Adelino é capaz. Não era jogo para magias. Foram 40 minutos de rigor, concentração, sacrifício e raça acima de tudo. Mas ainda sobrou energia para resolver o jogo.





Outros destaques

Todos nota 7. Para vencer um jogo destes era preciso uma equipa muito compacta e homogénea. Zé Fernando esteve ao nível que se lhe conhece. Os colegas de campo também estiveram todos bem. Tony assegurou o rigor defensivo. Camarinha foi sempre uma seta apontada à baliza. Marcou um, mas merecia outro. Rui foi importante a receber a bola na frente e a “esticar” o jogo. Por ultimo e embora tenha jogado poucos minutos, Serginho conseguiu desequilibrar no primeiro golo e na segunda parte, já completamente debilitado fisicamente, ainda foi útil para fazer descansar um minuto ou dois os homens da frente.
Duuuuuros, como se impunha!

Sem comentários:

Enviar um comentário